Alguns afirmam que o melhor horário é aquele em que a pessoa se sente bem ou tem disponível, outros defendem que o período da manhã é o mais indicado. Veja as opiniões dos experts:
Fazer exercícios é preciso.Isso ninguém questiona. Definitivamente, a atividade física deve ser parte da nossa vida. Além de ajudar a prevenir doenças como infarto, hipertensão, diabetes, colesterol e triglicérides, malhar libera endorfina (hormônio responsável pela sensação de bem-estar). Se por um lado todo mundo está na mesma sintonia sobre a necessidade e as vantagens de realizar uma atividade física, quando o papo é o horário no qual ela deve acontecer, as opiniões se dividem.
Para o preparador Nuno Cobra - famoso por ter treinado, por vários anos, o piloto e campeão Ayrton Senna -, o melhor período é logo pela manhã. "É nesse momento que você vai receber de forma mais completa os benefícios da atividade. Quando está se exercitando, seu organismo promove a fabricação de hormônios altamente estimulantes que são carregados para a corrente circulatória, tornando-a mais apta e disposta para os exercícios, além de prepará-la para a competitividade do dia-a-dia", esclarece.
Já a coordenadora de avaliação física Cláudia Zamberlan, da Triathon Academia, de São Paulo, defende que quem faz o horário é o próprio praticante. "Cada um tem que respeitar o seu ritmo. Há aqueles que são mais diurnos e preferem fazer exercícios pela manhã. Outros acham que o treino é mais eficaz durante a noite. Não adianta você colocar uma pessoa que tem dificuldade de acordar cedo para malhar de manhã, bem cedinho, pois será um sacrifício para ela e a chance de desistência é ainda maior", completa a coordenadora.
O que há, segundo os treinadores, são algumas ressalvas que devem ser levadas em consideração, como evitar exercícios ao ar livre no horário de sol forte (das 10 h às 16 h), pois, o risco de desidratação aumenta e o desempenho total não é alcançado.
Outro fator é que, para quem sofre de insônia, os especialistas não recomendam atividades intensas à noite para não prejudicar o sono. "Elas podem dar prioridade a aulas mais tranqüilas, como ioga, que serve para relaxar", atenta o professor de Educação Física Luís Otávio Moscatello (Tavicco), que é membro do Conselho Consultivo da Fitness Brasil, de São Paulo.
Todo cuidado é pouco:
Nuno Cobra é mais incisivo nesse sentido. Ele acredita que ninguém deve se exercitar no período da noite. Essa linha de pensamento não é sem justificativa. Segundo o preparador, esses hormônios produzidos durante a malhação são altamente estimulantes e prejudicam o sono, que é essencial para a revigoração diária da pessoa. "É durante esse período de descanso que seu corpo faz a reciclagem de todas as células e libera os hormônios responsáveis pela reparação dos tecidos e dos músculos. Se você não tiver isso, adoece."
Há pesquisas que mostram que o hormônio de crescimento, por exemplo, só é estimulado enquanto dormimos. A cronobiologia (que estuda o ritmo biológico), por exemplo, aponta o horário depois do almoço (por volta das 14 horas) como um momento hormonal favorável para a prática da atividade física.
Mesmo com os estudos, Tavicco acha extremismo demais ser obrigado a seguir um horário universal. "O certo seria a pessoa ir testando todos os períodos para sentir em qual deles seu organismo responde com mais eficiência. Entretanto, nem sempre isso é possível. Tem gente que só tem um horário disponível na agenda e, às vezes, aquele não é o seu momento ideal, mas é melhor fazê-lo a ser um sedentário", alerta.
Na opinião dele, o corpo tem condições de se adaptar ao horário, basta transformá-lo em um hábito. Cláudia também acha isso. Para ela, uma pessoa, que só tem a hora de almoço para malhar, deve usar esse tempo. O único cuidado é saber o que comer antes e depois da atividade. O primordial é respeitar seu ritmo de vida, seus horários e suas preferências. Bom, você decide!
DICAS DAI FITNESS!